sábado, 8 de outubro de 2011

Capitulo 1

Primeira pagina do capitulo um, do livro que estou escrevendo, uma historia que se passa nos dias atuais, sobre um cara que perdeu tudo que tinha, e já não sabe mais discernir o que é realidade..




Capitulo 1

O BAR

Sexta-feira, chuvosa, fria e tenebrosa, Julio sentado no mesmo bar com que frequentara há meses, um lugar rústico, balcão de madeira, as luzes não eram muito eficientes, e umas mesas dispostas de formas aleatórias; visto que não era muito movimentado, os clientes entravam mais para comprar bebidas e levar do que propriamente para beber ali. O dono era um senhorzinho que usava um bigode que não o deixava esconder que era de descendência portuguesa, mas não muito simpático, também não é por menos, Cinesol, é uma cidade de aproximadamente seiscentos mil habitantes, tinha muita violência, o bar já fora assaltado diversas vezes, o que o deixava sempre com um pé atrás de todo cliente que entrava.
Já era uma e meia da madrugada, Julio estava sentado ali desde as vinte e três horas, com seu olhar misterioso e intimidador, tomando sozinho seu uísque, e pensando na vida; Vida essa que não o tinha poupado dores e sofrimentos tinha perdido sua esposa há pouco tempo, num acidente de carro, afastara-se do emprego, vivia sozinho, não tinha muitos amigos, pra ser mais preciso apenas alguns colegas, agora anda embriagado, não sabe se a lua se foi, ou se o Sol que chegava.
Um carro para em frente ao bar, desce um rapaz e duas moças, ambos caminham em direção ao bar e entram, Julio com olhar de soslaio, sorrateiro,pensa “ esse rosto me parece familiar“ continua olhando.
O rapaz passa e o ignora, vai até o balcão; Uma das moças pede para ir ao banheiro, o rapaz pede uma garrafa de vinho e algumas latas de cerveja, enquanto exaltavam-se falando sobre uma festa que pretendiam ir perto de um lago um tanto quanto longe da cidade, estavam empolgados para a festa, bem arrumados e não paravam de falar.
Após certo tempo disfarçadamente olhando o rapaz, Julio notou uma semelhança incrível entre eles, parecia estar se olhando no espelho, é como se ele tivesse um irmão gêmeo e não soubesse, não era possível que alguém pudesse ser tão parecido, e pensou que provavelmente o dono do bar tinha notado o mesmo, pois tinha o apontado com os olhos enquanto perguntava algo ao rapaz.
A moça voltou do banheiro os três se reuniram, olharam para ele, e foram embora.
Após algumas bebidas a mais ainda pensava "Não é possível que eu esteja tão bêbado assim" confuso e inquieto.
Mas logo estava de saída, ao caminhar ate o balcão para pagar a conta perguntou ao português:
-Quem eram eles? Nunca os vi por aqui
Ele fez sinal, como se não soubesse do que Julio falava, e completou__________________________________________